História do nosso Calendário, o Gregoriano.

                                     

O Calendário gregoriano é o calendário utilizado na maior parte 
do mundo e em todos os países ocidentais. Foi promulgado pelo Papa 
Gregório XIII a 24 de Fevereiro de 1582 para substituir o calendário 
Juliano. 
Gregório XIII reuniu um grupo de especialistas para reformar o 
calendário Juliano e, passados cinco anos de estudos, foi elaborado o 
calendário Gregoriano, que foi sendo implementado lentamente em 
várias países. Oficialmente o primeiro dia deste calendário foi  15 de 
Outubro de 1582. 
A reforma  gregoriana tinha por finalidade fazer regressar o 
equinócio da primavera a 21 de Março e desfazer o erro de 10 dias 
já existente. Para isso, a bula  papal mandava que o dia imediato à 
quinta-feira,  4 de Outubro, fosse designado por sexta-feira,  15 de 
Outubro. Como se vê, embora houvesse um salto nos dias, mantevese intacto o ciclo semanal.
 Para evitar, no futuro, a repetição da diferença foi estabelecido 
que os anos seculares só seriam  bissextos se fossem divisíveis por 
400. Suprimir-se-iam assim, 3 dias em cada 400 anos, razão pela qual 
o ano 1600 foi bissexto, mas não o foram os anos 1700, 1800 e 1900, 
que teriam sido segundo a regra juliana, por serem divisíveis por 4.
 A duração do  ano Gregoriano é, em média, de 365d 05h 49m 
12s, isto é, tem atualmente mais 27s do que o ano trópico. A 
acumulação desta diferença ao longo do tempo representará um dia em 
cada 3000 anos. É evidente que não valia a pena, aos astrônomos de 
Gregório XIII, atender a tão pequena e longínqua diferença, nem na 
atualidade ela tem ainda qualquer importância. Talvez lá pelo ano 5000 
da nossa era, se ainda continuarmos com o mesmo calendário, seja 
necessário ter isso em consideração.
Portugal, Espanha e Itália foram os únicos países que aceitaram 
de imediato a  reforma do calendário. Na  França e nos Estados 
católicos dos Países Baixos a supressão dos 10 dias fez-se ainda em 
1582, durante o mês de Dezembro (9 para 20 na França, 14 para 25 
nos Países Baixos). Os Estados católicos da  Alemanha e da  Suíça
acolheram a reforma em 1584; a Polônia, após alguma resistência, em 
1586 e a  Hungria em 1587. A repugnância foi grande mesmo nos 
países católicos, pois isso significava sacrificar 10 dias e romper 
aparentemente com a continuidade do tempo. Estas reações mostram 
que o  calendário toca o coração das pessoas e que convém tratar a 
questão com prudência.
 Nos  países protestantes a recusa foi mais longa. O erudito 
francês Joseph Scaliger, pelas suas críticas, contribuiu para organizar 
a resistência. "Os protestantes, dizia Kepler, preferem antes estar em 
desacordo com o Sol do que de acordo com o Papa". Os protestantes 
dos  Países Baixos, da  Alemanha e da  Suíça só por volta de 1700 
aceitaram o novo calendário. Mas em algumas aldeias suíças foi preciso 
recorrer à força para obrigar o povo a fazê-lo. A Inglaterra e a Suécia
só o fizeram em 1752; foi preciso  então sacrificar 11 dias, visto que 
tinham considerado 1700 como bissexto. O problema na Inglaterra 
agravou-se mais porque também nesse ano fora decidido que o início 
do ano seria transferido para o dia  1 de Janeiro  (até então o ano começava a 25 de Março). Deste modo, na Inglaterra haviam-se 
suprimido quase três meses no início do ano e em Setembro, com a 
adoção do calendário Gregoriano, eram suprimidos mais 11 dias. Era 
demais para um povo fiel às tradições. 
 Os russos, gregos, turcos e, de uma maneira geral, os povos de 
religião ortodoxa, conservaram o  calendário juliano até princípio 
deste século. Como tinham considerado bissextos os anos de 1700, 
1800 e 1900, a diferença era já de 13 dias. A  URSS adotou o 
calendário gregoriano em 1918, a Grécia em 1923 e a Turquia em 
1926.
 Em conclusão, atualmente o  calendário gregoriano pode ser 
considerado de uso universal. Mesmo aqueles povos que, por motivos 
religiosos, culturais ou outros, continuam agarrados aos seus 
calendários tradicionais, utilizam o  calendário gregoriano nas suas 
relações internacionais.
 A seguir à implantação da reforma gregoriana, os cristãos 
suprimiram o descanso ao sábado, transferindo-o para o domingo em 
comemoração perpétua da Ressurreição de Cristo. Assim se quebrou a 
unidade de descanso no sétimo dia, estabelecido por Moisés há mais de 
5700 anos. Seguindo o exemplo dos cristãos, também os muçulmanos 
renunciaram ao preceito  mosaico de descanso ao  sábado e 
transferiram-no para sexta-feira, em cujo dia da semana, dez séculos 
antes, o Alcorão foi revelado a Maomé e se deu a fuga deste de Meca 
para Medina (15 de Julho do ano 622 da era cristã). 

Redação : Administração ~ A Rede Avivamento modera todos os comentários, cuidado com o que vai comentar!

Artigo História do nosso Calendário, o Gregoriano. Públicado por Administração Setor de Jornalismo quarta-feira, 2 de janeiro de 2013. Jornalismo da Rede Avivamento, direto da Redação levanto a noticia em primeira mão a todos! 0 Comentar: a postagem História do nosso Calendário, o Gregoriano.
 

0 comentários:

Postar um comentário

Culinária Ungida